quarta-feira, 22 de março de 2017

Prêmio Divas dá visibilidade a mulheres por trabalhos sociais

20/03/2017 19:25

Prêmio Divas dá visibilidade a mulheres por trabalhos sociais

Por: Redação (pauta@abcdmaior.com.br)
Premiação realizada em Santo André trouxe reconhecimento a 30 nomes nesta quinta
Evento foi no auditório Heleni Guariba, anexo ao Teatro Municipal. Foto: Divulgação
Mulheres advogadas, funcionárias públicas, donas de casa, trans, cis, mães, filhas e todas divas. A 12ª edição do Prêmio Divas, da ONG ABCD's, contemplou 30 mulheres por seus trabalhos sociais que dão visibilidade aos direitos das mulheres e da população LGBT.
“Nem recatadas e nem do lar, a mulherada está na rua pra lutar”. Esse foi o grito de guerra proferido no meio da premiação, que além de contemplar as 30 divas, também deu visibilidade a três “divinas” acompanhando cada mulher premiada.
Cada história trouxe um momento inspirador à noite desta quinta-feira (16/03), no auditório Heleni Guariba, anexo ao Teatro Municipal de Santo André. “Foi um momento de muita alegria. Tinham 156 pessoas na lista de presença e a maior parte era a população LGBT, que raramente ocupa espaços públicos”, afirmou o fundador da ONG ABCD'S, Marcelo Gil, que idealizou a premiação.

Roberta Close

Entre as homenageadas, está a advogada Tereza Rodrigues Vieira, que ganhou o título de Diva das Divas pela terceira vez consecutiva. Pioneira na defesa do direito do uso do nome social e de mudança de nome, a profissional acompanhou o processo de Roberta Close, que ganhou a causa em suas mãos em 2005 e passou a ter oficialmente um nome feminino.
Tereza publicou quatro livros sobre transexualidade, nome e gênero, além de ter passado por 14 países para fazer pesquisa sobre o assunto. “Fiz publicações em 1990 e na época as pessoas falavam sobre o assunto, mas ninguém defendia. Comecei a publicar artigos sobre o assunto e defender”, contou.

'Transexualidade não é doença'

A advogada afirmou que observou alguns avanços desde aquela época, como o fato de os processos levarem no mínimo um mês, ao invés de dois anos, como era no início, para que a mudança de nome pudesse ocorrer. “Mas em alguns casos ainda exigem laudo médico, só que transexualidade não é uma doença, é um estado”, afirmou. “Não é o corpo que nos faz homem ou mulher. É a parte psicológica, não morfológica”, completou.
A repórter Jessica Marques, do ABCD MAIOR, também foi citada como uma das divas na premiação, pela publicação de reportagens relacionadas a questões de gênero. As matérias abrangem violência contra a mulher e população LGBT, avanços e retrocessos nas políticas públicas, conscientização e fiscalização de ações do poder público. “É um trabalho de formiguinha, mas é um sonho que estas causas ganhem cada vez mais visibilidade na mídia, para que mudanças sejam feitas”, afirmou.
A premiação contou com apresentações especiais. Entre elas, a cantora Karine Calvo e performances de artistas convidadas: Pamela Rogers, Leandra Gitana, Lorrany's Ambrósio e Andrey Top.

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